terça-feira, 24 de novembro de 2009


O tempo passa, mesmo quando isso parece impossível. Mesmo quando cada batida do ponteiro dos segundos dói como o sangue pulsando sob um hematoma. Passa de modo inconstante, com guinadas estranhas e calmarias arrastadas, mas passa. Até para mim.

Voltei


Tenho andado distante, mas com saudades...

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Espero-te

Espero-te... sei que vais chegar com um sorriso nos lábios... Vais chegar e abraçar-me... Espero-te como espero tuas mãos,teus braços, teu abraço... Espero-te...
"porque nenhuma espera é vã"

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Exit

Onde está? .... a vida é feita de um número imenso de questões que me ressaltam a memória, os pensamentos. De dúvidas, de escolhas, de caminhos. Eis que aí deparo-me com inúmeras questões em meu íntimo.
Dou comigo a pensar.... E agora....? O que faço eu....?
Perdida nos meus pensamentos, não consigo retomar o rumo. Procuro, procuro.... não encontro. Não encontro aquele caminho que me transmitia segurança, aquela segurança que sabia tão bem.... aquela segurança que me transmitia afetos.... aquela segurança que tinha.... parecia saída de um sonho....
Encontrarei esse caminho novamente? Sentirei novamente aquele conforto que perdi? Espero que sim....
Talvez não devesse procurar aquele que conheço.... aquele que um dia já me fez sorrir tanto.... e que já transformou-se num beco com muros altos.... que me impede de voltar.
Talvez fosse tempo de arriscar.... rumo a outra direção... Talvez outra direção.... Talvez.... Só sei que a decisão final é muito solitária.

Desculpa-me

As interrogações continuam. Tentei vendar os olhos do meu coração pensando que, se ele não vê, não sente. Mas não posso controlar as emoções. Não posso agarrar e confrontar o coração pensando que serei mais forte que ele. Ele já ditou vários exemplos que é através dele que ainda estou viva, que por ele ainda sinto, e se ele deixar de respeitar as normas... quem perde sou eu.
Tá, sacudi um lenço branco e pedi trégua. Assumi a minha fraqueza, pulei num altar e proclamei-o vencedor... vi-o pulsar de orgulho, abrir uma garrafa de vinho e celebrar o título de campeão.
De certa forma, senti o meu orgulho ferido. Senti-me mais só do que nunca (afinal o meu coração estava contra mim). Com dificuldade assumi que não sou tão forte como aparento ser. Que tenho medo e que a realidade é mais real que a ilusão de mostrar o que não sou.
Quis correr... então, corri... mas ele seguiu-me, segurou-me pelo braço, parou-me. Quis conversar... disse-me que tenho que aceitar as suas condições pra ser feliz, que nada é imutável por isso os sentimentos também alteram. Que prevalece a vontade de se abrir e respirar pra vida e não ficar escondido no escuro, ele precisa respirar, que devo-lhe dar a liberdade e não trancá-lo dentro de mim. E se eu segui-lo irei ter as respostas que preciso, porque conforme ele sublinhou, temos que dialogar.
Engraçado, num determinado momento da vida, aprendo coisas que, com toda a sinceridade, deveria ter aprendido há anos, até mesmo pra ter tido a capacidade de evitar tombos feios, choros, fracassos inesperados.
Porque és assim coração?! Porque tanta intensidade! Não quero mais senti-la. Ninguém mais sabe o que é isso! Ninguém mais a sente! Ninguém mais vive assim! Tudo é muito impessoal. Cheio de estereótipos, frases feitas. De figuras, de exterior. Frio! Tudo errado!
Quero ser fria. Ter uma mente fria. Transformar-me, assim, conseguirei com certa segurança tratar de certos assuntos, ser fria a ponto de cometer falhas imperdoáveis até pra os piores alter-egos já descritos. ""Aparentar um ar de “mulher misteriosa”, que se esconde atrás de gestos, caras e bocas."" Nada muito exagerado. Ser fria ao usar qualquer um dos meus recursos femininos.
Serei feliz assim?!
Desculpa-me coração, pois sei o quanto és feliz vivendo com tanta intensidade!
Aqui dentro, uma saudade de mim. Quando um dia rompi traços, rompi as imagens, quebrei as máscaras, as personagens, e me encontrei, passei a viver eu! Apenas eu, tal como sou, como nasci, como cresci e como me fiz.
Enquanto isso, eu vivo. Vivo comigo tal como sou, sofrendo as mudanças que os atropelos da vida de certa forma me causou.

Interrogação

[Oh my gosh!! Que confusão!!]
Hã? Como?? What??? Hein????
[sentimentos e sentidos trancados, na contra mão de toda contradição estou, em alguns momentos é sim, em outros momentos é não]

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Assim Eu Estou

I'm so happy

A felicidade se semeia
Pois é.. assim eu estou. ESTOU FELIZ…. FELIZ…. HAPPY, HAPPY, VERY HAPPY!!
Não importa o motivo.. Mas ele existe.

Eu tenho um mar dentro de mim

[Paramahansa Yogananda]
"Quando uma pequena bolha de alegria aparecer no mar da sua consciência, retenha-a e procure aumentá-la. Medite a respeito dela e ela crescerá. Continue soprando a bolha para que ela rompa as paredes que a limitam e se transforme em um mar de alegria."

Por tudo isso!

Por que cada dia que passa você se torna mais especial para mim??

Porque você me escuta como ninguém.
Porque você me dá conselhos.
Porque você me respeita.
Porque você tem uma paciência incrível comigo.
Porque você não me rotula.
Porque você me mima.
Porque você cuida de mim a todo momento.
Porque você se preocupa comigo.
Porque você faz todas as minhas vontades sem eu ao menos ter que abrir a boca para pedir.
Porque você me procura para dividir comigo tudo que ta acontecendo.
Porque você confia tanto em mim que me chama para ir na sua casa conversar com você coisas sua.
Porque você me olha diferente.
Porque você fala comigo diferente.
Porque você fala que te acalmo.
Porque você me mata de ri.
Porque você me mata de raiva.
Porque você me mata de vergonha.
Porque as nossas palhaçadas são sim de deixar a barriga doendo.
Porque a gente se equilibra em tudo.
Porque todas as nossas discussões terminas em risos e a carinha que você faz quando isso acontece é a melhor do mundo.
Porque o jeitim que você fala comigo " Não fica com raiva de mim.... Não briga comigo.... Custosa" é o mais gostoso.
Porque você é meu ultra ciumento preferido
Porque você não tem juízo e eu menos ainda.
Porque se você pudesse me levava no bolso pra todo lado e eu também faria o mesmo.
Porque só você vai na minha casa em pleno domingo 21:00 horas só para brigar comigo.
Porque só você me faz ficar ate 08:00 horas no sol rachando ouvindo você brigar (sozinho..rs) .
Porque você adora e ri de tudo que falo.
Porque a gente zoa tudo e todos só pra gente.
Porque você é minha criança levada.
Porque você manda eu ter juízo todos os fds que saio sem você.
Porque você mal entra no msn e eu não aguento, mexo.
Porque você briga e ri o tempo todo no msn comigo.
Porque você faz versinhos ótemos para mim.
Porque você me elogia de um jeitinho tão gostoso.
Porque toda hora do mundo pra gente é pouco.
Porque você me conta historias de um jeito engraçadissimo.
Porque a gente se basta.
Porque quando você me abraça parece que nada de ruim pode me atingir.
Porque seu jeito de segurar meu rosto, olhar dentro do meu olho e me beijar é a coisa mais gostosa.
Porque eu te mordo e você nem me xinga.
Porque pode todo mundo falar a mesma coisa que quando você fala que eu dou ouvido.
Porque ta todo mundo com ciúmes de você na minha vida.
Porque você não me deixa ficar sem beber.
Porque você dança forró comigo.
Porque seu cheiro me marca.
Porque tem você pra todo lado, no meu e-mail, nos meus depos não aceitáveis, nos meus scraps, no meu blog, no meu msn, no meu cel, no meu quarto, na minha bolsa, na minha gaveta especial e por ai vai.
Porque com você eu aprendi e aprendo tanta coisa sem você ao menos saber que ta ensinando algo.
Porque hoje eu me dei conta que você vem chegando de mansinho e tomando conta de tudo.
Porque já vivemos tantas coisas juntos que hoje não parece ta fazendo só dois meses NUNCA.
E mesmo que não estejamos juntos algum dia, eu não quero que você saí da minha vida mais.... Pois acima de tudo você tomou o lugar de tanta gente, tantos amigos que eu jamais pensei disso acontecer.

Hoje eu só tenho a agradecer por TUDO isso..... Obrigada mesmo de coração.
Digo por TUDO porque é tanta coisa pra citar .. Mais por tudo mesmo que passar na sua cabeça que já passamos juntos, por cada manifestação de carinho, atenção, consideração por mim.

Enfim.... Os Porques mais importantes
Porque me sinto bem contigo.
Porque me fazes muito bem.
Porque o meu coração pulsa de felicidade por vários motivos que um dia te conto.
Porque dia e noite eu lembro de você.
Porque você pode ter certeza que tudo que você fala, faz por mim/comigo nada é em vão!
Porque eu adoro a pessoa que você é!

Esqueça

Esqueça as metáforas, os eufemismos, as hipérboles e principalmente as comparações. Esqueça o “se”, o “quase”, o “será que estou agindo certo”, esqueça o passado e o futuro, deixe apenas que o presente exista. Esqueça apenas esqueça. Renove seu coração, não tenha medo ou receio de enfrentar o novo, nem desbravar aquilo que tem vontade de conhecer, não sinta a insegurança e se a sentir faça com que ela desapareça. Não desperdice o hoje pensando no passado, esqueça as diferenças, nós por destino, por essência, por natureza, por sermos humanos, por sermos imperfeitos, ou por sermos sei lá o que mais, buscamos algo que nos complete e não algo que seja idêntico a nós. A igualdade é repelida, se torna comum, e o comum não nos atrai, queremos mais para nossa vida, procuramos por alguém que espelhe aquilo que queremos, procuramos por alguém que necessite daquilo que temos, para que possamos compartilhar, completar e juntar. Buscamos mais que a igualdade. Queremos a pessoa que possa nos surpreender e não a que sempre é previsível, buscamos uma pessoa que seja nova a cada dia, mas sempre sendo a mesma, buscamos mais do que um aconchego, sexo, prazer, companheirismo. Buscamos a felicidade sem limites, mesmo que esta não seja eterna, buscamos viver e viver significa correr riscos, acreditar piamente que a pessoa que estamos é a melhor possível para se viver, para se sonhar, para se dividir tudo, desde tristezas a alegrias, desde momentos rápidos a momentos duradouros, desde dor até prazer. Vivemos para isso, para aproveitar a cada dia, sabendo que cada novo dia é uma nova chance de surpreendermos, por isso acordamos entusiasmadas, dormimos esperançosas e principalmente buscamos uma pessoa especial. Mesmo sabendo que isso é puro egoísmo, sabendo que isso é querer demais, mas mesmo assim buscamos, lutamos para ter alguém que nos complete sem ter dúvidas de nada, simplesmente alguém que seja nosso, para que possamos ser de alguém.

Bom Dia


Acordando pela segunda vez.. mais plena.. novidades.. feliz.. boas notícias.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Necessidade de Renovação


Parece que estou mais tranquila agora. Ainda dói, ainda vou chorar. Não pelo fato em si, mas pela ausência, pela não-existência, do que representou prá mim... Eu sei que ninguém está entendendo nada... mas tudo bem... é um exorcismo legal escrever.... Ainda estou oscilando muito em torno desse meu eixo, meu centro, já que sentimentos e sensações vão e vêm loucamente o tempo todo... Ontem já tinha me despedido dele no espaço tempo... minutos depois me vesti... horas depois apaguei tudo... e nem sei se você o leu... mas não importa! Parece que estou mais tranquila agora.

Dentro De Um Abraço

[Martha Medeiros]
- Somando os prós e os contras, as boas e más opções, este é, afinal, o melhor lugar do mundo -

Onde é que você gostaria de estar agora, neste exato momento?
Fico pensando nos lugares paradisíacos onde já estive, e que não me custaria nada reprisar: num determinado restaurante de uma ilha grega, na beira de diversas praias do Brasil e do mundo, na casa de bons amigos, em algum vilarejo europeu, numa estrada bela e vazia, no meio de um show espetacular, numa sala de cinema vendo a estreia de um filme muito esperado, e principalmente, no meu quarto e na minha cama, que nenhum hotel cinco estrelas consegue superar a intimidade da gente é irreproduzível.
Posso também listar os lugares onde não gostaria de estar: num leito de hospital, numa fila de banco, numa reunião de condomínio, presa num elevador, em meio a um trânsito congestionado, numa cadeira de dentista.
E então? Somando os prós e os contras, as boas e más
opções, onde, afinal, é o melhor lugar do mundo?
Dentro de um abraço.
Que lugar melhor para uma criança, para um idoso, para uma mulher apaixonada, para um adolescente com medo, para um doente, para alguém solitário?
Dentro de um abraço é sempre quente, é sempre seguro. Dentro de um abraço não se ouve o tic-tac dos relógios e, se faltar luz, tanto melhor.
Tudo o que você pensa e sofre, dentro de um abraço, se dissolve.
Que lugar melhor para um recém-nascido, para um recém-chegado, para um recém-demitido, para um recém-contratado? Dentro de um abraço nenhuma situação é incerta, o futuro não amedronta, estacionamos confortavelmente em meio ao paraíso.
O rosto contra o peito de quem te abraça, as batidas do coração dele e as suas, o silêncio que sempre se faz durante esse envolvimento físico: nada há para se reivindicar ou agradecer, dentro de um abraço voz nenhuma se faz necessária, está tudo dito.
Que lugar no mundo é melhor para se estar?
Na frente de uma lareira com um livro estupendo, em meio a um estádio lotado vendo seu time golear, num almoço em família onde todos estão se divertindo, num final de tarde de frente para o mar, deitado num parque olhando para o céu, na cama com a pessoa que você mais ama?
Difícil bater essa última alternativa, mas onde começa o amor, senão dentro do primeiro abraço?
Alguns o consideram como algo sufocante, querem logo se desvencilhar dele. Até entendo que há momentos em que é preciso estar fora de alcance, livre de qualquer tentáculo. Esse desejo de se manter solto é legítimo, mas hoje me permita não endossar manifestações de alforria.
Entrando na semana dos namorados, recomendo fazer reserva num local aconchegante e naturalmente aquecido: dentro de um abraço que te baste.
P.S.: Como eu quero este abraço; mas antes do abraço... achar os braços prá me aconchegar!
Trago dentro do meu coraçäo,
Como num cofre que não pode fechar de cheio,
Todos os lugares onde estive,
Todos os portos a que cheguei,
Todas as paisagens que vi através das janelas ou vigias,
Ou de tombadilhos, sonhando,
E tudo isso, que é tanto,
é pouco para o que eu quero.

[Fernando Pessoa]

Acordei super de bem com a vida hoje, ate achei que fosse sexta.... De cara não sabia o porque eu tava tão bem, ai fui olhar que data é hoje e vejo que hoje é dia 7, aaaamo 7.. ai lembro que hoje ta fazendo 4 meses, chega ser incrível, mais tudo bem.. ai depois lembro que hoje é niver de uma amiga, bom.. ai logo em seguida lembro que hoje recebo, ai concluiu .... Tanta coisa boa em um dia só e logo na data que aamoo.. 7..... eitcha!

E hoje acordei pensativa, colocando tudo na balança.... confesso que vi coisas que não me agradou, mais não me abalou, como vi coisas que me deixaram mais feliz ainda.. huhu


Mais como as pessoas não ficam satisfeitas em ver a outra feliz, já me atacaram... Mas.. É isso!!

terça-feira, 6 de outubro de 2009

"Comigo não há trocas ... ... há fusões ..."

Clariceando

Existem silêncios e silêncios, estou sempre em busca de algum, independende do que ele traga consigo...

"Entre duas notas de música existe uma nota, entre dois fatos existe um fato, entre dois grãos de areia por mais juntos que estejam existe um intervalo de espaço, existe um sentir que é entre o sentir - nos interstícios da matéria primordial está a linha de mistério e fogo que é a respiração do mundo, e a respiração contínua do mundo é aquilo que ouvimos e chamamos de silêncio."
[Clarice Lispector]

Vivendo um dia após o outro

Esse título poderia sugerir algo sofrível , uma idéia ligada a espera de que a felicidade venha com o tempo ou que a dor aos poucos se dilua numa resignação ou numa cura qualquer... Mas felizmente não é isso. Para comentar como estou nas últimas semanas seria necessário fazer várias postagens ou pelo menos dividir uma em alguns subtítulos, embora goste de fazer introduções as vezes prolixas sobre os assuntos propriamente ditos, deixo as imagens falarem por mim.
Eu
Respiro Deliro
Conspiro
Festejo
Me atiro
Antevejo
Desejo

Ensejo

Transpiro
Vicejo
Prefiro

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Arrepios

















Arrepios eu sinto!

Quando penso em você.

Quando eu lembro dos momentos

Que pudemos nos entender

Na linguagem do toque,

Na conversa do olhar,

Nos pensamentos similares

Que mais pareciam se adivinharem.


Eu ainda sinto arrepio!

Quando lembro

Das experiências que partilhamos

Das vezes que nos amamos

E das tantas loucuras

Que nos propomos e topamos.


Você me dá arrepio

Parece feito de poesia,

Cujo, tema é sedução!

Huuuumm! Que arrepio bom é este

Que me faz morder os lábios em delírios?

É resultado do que eu sinto

Quando eu lembro,

Que um dia nos possuímos

Com máximo .....

E das promessas que nascem

Desta tentação de provocar arrepios dos bons.
Quando sobe um arrepio
E os dois corpos se tocaram
Sentiram-se, um no outro.
No embalo de um som mudo.
Dois corpos no silêncio de uma música envolvente.
As mãos se misturavam entre os cabelos.
Em um toque leve e cheio de desejo....
..Somente dois corpos, um silêncio ensurdecedor, e as mãos se cruzando.
Partiam da cintura e subiam forte e vagarosamente pelas costas.
Dava pra sentir o arrepio subindo também.
E chegando ao êxtase quando aquelas mãos macias tocavam meus cabelos.
Exalava-se um perfume doce e provocante ao mesmo tempo..
..O suor dos dois corpos criava um circulo de calor em torno deles..
..Corpos que se apertavam um contra o outro.
Um a favor do outro.
E entre aromas, calores, mãos e arrepios, eternizava-se aquele instante..

Sexta ?!



Inquieta

Apetecia-me dizer-te alguma coisa só por dizer. Só não sei o que ou o porque desta necessidade de ouvir de ti, saber de ti.
Queria tirar de mim esta estranheza, arrancar de mim a sensação de que te perdi.
A bifurcação da nossa estrada já vai longe, e os nossos caminhos já se cruzaram com outros.
Ambos já seguimos, cada um a seu tempo. Reaprendemos a conhecer, revivemos a paixão, sabemos o que é….
….saberei o que é amar depois de amar-te, só não será na mesma realidade, intensidade, velocidade. A amizade que nos restou ainda faz com que os nossos caminhos se toquem, mas os últimos fios que nos prendem começam a se fragilizar.
E tu que causastes isso tudo, também sentes esta estranheza, este quebrar, este perder.
E também te perguntas porquê.
Já me perguntaste porquê.
E agora eu pergunto, porque? Porque aqui ainda não deixaste de ser tu, para ser um ele? Um ele que pertence ao passado e que salpica o presente de boas conversas descontraídas. De boas risadas. De trocas de experiências, de como está a ser “sem ti” (sem mim).
Aqui tens de deixar de ser tu. Porque tu já não és tu, és ele. Já não és quem és em mim, és quem foste. E ele não passará a ser em mim.
Porque será esta estranheza da transição? Porque me faz ainda confusão pensar num futuro sem ti? Num futuro, que planejamos juntos, pensámos e ambicionámos.

Estranha a sensação de procura no vazio de um olhar que não vê….
Estranha a certeza da presença da voz na dúvida do diálogo que não se ouve….
A estranheza de já não seres tu. A estranheza. Esta estranheza!

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Dizia o Padre cistercense Marcos Garcia:

"Ás vezes Deus retira uma determinada benção para que uma pessoa possa compreendê-Lo para além dos favores e dos pedidos. Ele sabe até que ponto pode testar uma alma - e nunca vai além desse ponto.

Nesses momentos nunca digamos ´Deus abandonou-me.´Ele nunca faz isso: nós é que podemos às vezes, abandoná-Lo. Se o senhor nos propõe uma grande prova, também nos dá sempre as graças suficientes- eu diria, mais que suficientes - para ultrapassar.

Quando nos sentimentos longe do Seu rosto, devemos perguntar-nos: SERÁ QUE ESTAMOS A SABER APROVEITAR O QUE ELE COLOCOU NO NOSSO CAMINHO??"


Maktub, Paulo Coelho

Amor ?

Muitos sofrem por amor,
eu sofro pelo excesso
excesso de sonhos mal interpretados
de pensamentos psicodélicos
de palavras não ditas
de saudade não matada
e de doces lembranças que quase foram parar no cemitério

Não sei se um dia voltarei a sofrer por amor
porém os meus excessos já me bastam

Mas se for por amor,
que seja por alguém capaz

de desvendar todos os mistérios da minha mente..

Fui pega de surpresa


Minha atenção saiu toda daqui e ta perdida por ai.
Uma sensação que eu nunca tinha sentido antes, será.... medo? preocupação? atormentação? viagem demais da minha cabeça? Não sei.. Só sei que ta muito ruim.
Uma vontade louca de sair daqui e ir ficar perto, de abraçar, de ver, de sentir, de ouvir, de conversar olhando no olho, de fazer gracinha pra te ver sorrindo, de ter a certeza que ta realmente bem. Mais não posso, então apenas espero passar todos esses sentimentos ruins e torcer pra que façam isso por mim.
Hoje tenho a plena certeza do quanto é especial pra mim, do quanto me preocupo com sua pessoa, do quanto quero te ver bem, do quanto eu queria ta por perto.... Não é atoa que fiquei brava em ficar sabendo só hoje.
De qualquer forma, estarei torcendo pra que melhore o mais rápido possível e desculpa ter ignorado o sonho que tive com você e nem ter ligado!

Melhora rápido que vou te ver, já que quer desinchar primeiro! =D

Beeeijo'S.. ;)

Melhoras!

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Mil anos depois.. volto

Ando meio embaralhada e sem tempo de colocar ordem, colocar a casa em ordem. Ando por ai metendo os pés pelas mãos. A bagunça é geral e os únicos itens organizados são o emocional e o profissional. Há meias na gaveta dos casacos, sapatos, bolsas e malas pra todo lado. Meu pensamento anda perdido e o coração feliz. Fase muito louca e gostosa que estou vivendo. Duas semanas morando literalmente sozinha já, e mesmo tendo passado poquissimas horas em casa é simplesmente perfeito como eu já imaginava. E chegando de viagem agora, acabo de perceber que preciso de uma restauração, desse jeito não sobra nada de mim. Estado físico destruído, toda ralada, roxa, doendo, inchada, sem voz e pingando sono, vida boa também mata!

sábado, 29 de agosto de 2009

Queria ser uma....Pin-up

Pin-ups são ilustrações, ou mesmo fotografias, de lindas mulheres em cenas corriqueiras, poses e roupas provocantes, porém sem nenhuma vulgaridade e sim sensualidade. Linda, sexy, sorridente, ingênua. Assim é o estereotipo da pin-up, uma garota de papel, desenhada ou fotografada, numa revista ou num calendário, a pin-up não é uma mulher de verdade e sim uma fantasia. O conceito clássico de uma pin-up é ser sexy e ao mesmo tempo inocente. Estar vestida, mas em alguma posição ou situação que revele sensualmente partes do corpo, sem querer, ao acaso. Só isso já era suficiente para alimentar a fantasia masculina. Uma verdadeira pin-up jamais pode ser vulgar ou oferecida, pode somente ser convidativa.

O termo “pin-up” surge nos anos 40, mas as belas são filhas da revolução industrial. É no século 19 que são obtidas as condições para a consagração dessas mulheres quando surgem os meios de produção das imagens em massa, uma classe média urbana e uma sociedade mais aberta à representação da sexualidade feminina. Aos poucos vão sendo difundidos, na Europa e nos Estados Unidos, os calendários sexys, os cartões-postais e os pôsteres de atrizes de teatro, por vezes desnudadas e sempre sensuais. O ato de se pendurar essas imagens nas paredes se chama pin-up.

No final do século 19, o teatro de revista vivia o seu auge e transformou dançarinas em estrelas, fotografadas para revistas, anúncios, cartões e maços de cigarros sempre com muita voluptuosidade. Em uma época em que a sensualidade ainda era um tabu, imagens de mulheres fortes em cenas cotidianas, poucamente vestidas, fotografadas, pintadas ou desenhadas, começavam a construir uma história que já dura mais de um século.
O sucesso dos cartões e calendários foi tal, que estimulou editores a lançar revistas especializadas, as chamadas girlie magazines, onde exibiam pin-ups vestidas de coristas, marinheiras, enfermeiras e outros uniformes-fetiches. Mas é a revista americana Life que vê surgir o primeiro grande fenômeno pin-up, em 1887: a Gibson Girl. Desenhada por Charles Dana Gibson, ela é burguesa, chique e está… vestida! Mesmo se os trajes de banho que descem até os joelhos, parecem ser claramente ousados. Enquanto as sufragistas, nas ruas, são alvos de vaias, que os jornais populares zombam da New Woman que pretende trabalhar e ser independente, Gibson impõe esta nova mulher como um ideal romântico. Com um belo corte de cabelo; bem arrumada, ativa e segura de si, a Gibson Girl seduz os homens com o seu charme, e as mulheres com as suas roupas na moda. Em 1903, Gibson é o ilustrador o mais bem pago do país
.

Pin-ups uniformizada de Gil Elvgreen

Calendário de 1951

Já nos anos 40, época da segunda guerra mundial, as imagens das lindas mulheres em poses provocantes, começam a ser usada nos exércitos para “acalmar” os ânimos dos soldados, que as chamavam de “a arma secreta”. Numa época em que mostrar as pernas era atitude subversiva, fotografias de mulheres nuas poderiam significar atentado ao pudor. O jeito de satisfazer a solidão dos soldados e a curiosidade dos adolescentes era fabricar modelos de lápis e tinta, que reproduzissem o padrão de beleza considerado ideal: seios fartos, pernas grossas, cintura finíssima.

A popularidade dessas imagens era tanta que o próprio governo começa a se utilizar delas, no intuito de aproximar seu povo de seus ideais. Ela é então requisitada pelo exército para reforçar o moral dos soldados. Passam a cobrir seus corpos nus com a bandeira estrelada, alistam-se como enfermeiras, trajam o uniforme da marinha americana. De um símbolo sexual libertino, a pin-up é elevada à patente de deusa guerreira e acaba personificando a mulher americana - segura de si e audaciosa. Cartazes militares recrutando soldados e imagens de pin-ups vestidas com roupas e motivos militares e patriotas passam a ser comuns entre os jovens americanos. Os soldados britânicos também têm a sua pin-up: Jane, uma espiã de pouca roupa a serviço da Sua Majestade, é publicada em histórias em quadrinhos no Daily Mirror.
Os governantes então passam a permitir que seus soldados carreguem suas mulheres por toda parte, chegando a lhes enviar livros e revistas com pin-ups. Anônimas e atrizes de cinema espalham-se pelas paredes dos dormitórios e portas dos armários dos soldados, dentro dos seus abrigos, discretamente incentivada pelas autoridades militares.

Pin-ups "a arma secreta"

A admiração pelas mulheres pintadas era tanta que elas eram até pintadas sobre as fuselagens, nos “narizes” de muitos aviões de combate, como símbolo de boa sorte. Essas pinturas em aviões foram chamadas de nose art.

A Nose art

Revista Esquire - dezembro de 1949 (capa e interna)

Já nesta época a revista Esquire começa a publicar em suas edições desenhos de pin-ups. Pouco tempo depois elas passariam a ter seu próprio caderno na revista. De 1942 a 1946, nove milhões de exemplares da revista são enviados gratuitamente para as tropas americanas em guerra. Além disso, em 1942, quando os Correios americanos ameaçam retirar as tarifas privilegiadas da revista, sob o pretexto de que os seus desenhos são “pornográficos”, ela ganha seu processo, baseando sua defesa o papel patriótico das suas criaturas de sonho.










Revista Esquire - janeiro de de 1948 (interna)


Desde então as pin-ups se tornaram símbolo sexual apreciado e consumido de diversas maneiras. Figurinhas, cartões, isqueiros, copos, cinzeiros, revistas, baralhos... Além dos comerciais que também empregavam pin-ups em suas marcas, como a Coca-cola, por exemplo, que durante muitos anos se utilizou dos desenhos em seus comerciais.

Baralho de pin-up

Cartões de pin-up


Revistas de pin-up


Objetos de pin-up (cinzeiros, envelopes, cadernos..)
Propagandas da Coca-cola

Outras propagandas

Tattoos de pin-ups

Marilyn Monroe, Rita Hayworth & Betty Grable
.
Ela nasceu Norma Jeane Mortenson no dia 1º de julho de 1926, em Los Angeles, Califórnia. Filha de Gladys Baker. Como a identidade de seu pai era desconhecida foi batizada Norma Jeane Baker. Sua mãe trabalhava nos estúdios RKO como editora de filme, mas problemas psicológicos a impediram de permanecer no emprego. Levada para uma instituição mental, obrigou Norma Jeane a passar grande parte de sua infância em casas de famílias e orfanatos, até 1937 quando mudou-se para a casa de Grace Mckee Goddard, uma amiga da família. Em 1942 o marido de Grace foi transferido para a costa Leste e, como o casal não tinha condições financeiras para levar Norma Jeane, então com 16 anos, ela se viu a beira de duas opções: voltar para o orfanato ou se casar com seu namorado há seis meses Jimmy Dougherty, de 21 anos. No dia 19 de julho de 1942, ela se casou. Ficaram juntos até Jimmy entrar para a marinha e ser transferido para o Pacífico Sul, em 1944. Após sua partida, Norma Jeane começou a trabalhar na fábrica Radio Plane Munition em Burbank, Califórnia.
.
Alguns meses depois, o fotógrafo Davis Conover a viu enquanto tirava fotos para a revista Yank, de mulheres que estavam ajudando durante a guerra. “Ela é um sonho para qualquer fotógrafo”, dizia Conover que a fotografou e começou a lhe enviar propostas de trabalho como modelo. Foi nessa época que começou a fortografar como pin-up principalmente para Earl Moran (falaremos dele no quarto capítulo desta série).
..
Em dois anos tornou-se uma modelo respeitável e estampou seu rosto em várias capas de revistas. Ela começou a estudar o trabalho das lendárias atrizes Jean Harlow e Lana Turner, e inscreveu-se em aulas de teatro sonhando com o estrelato. Jimmy retornou em 1946, o que significou que Norma Jeane tinha que fazer outra escolha, desta vez entre seu casamento e sua carreira. Divorciou-se de Jimmy no mês de junho e assinou seu primeiro contrato com a 20th Century Fox em 26 de agosto. Ganhava $125 por semana. Pouco tempo depois, tingiu seu cabelo de loiro e mudou seu nome para Marilyn Monroe. Monroe era o sobrenome de sua avó.


Marilyn, ainda como Norma Jean, posando para Earl Moran. A direita o desenho já finalizado.


A pin-up mais célebre do século 20, Marilyn Monroe, contribuiu de maneira considerável para impor o clichê da boneca loira, passiva e inocente, à espera do bem-querer do homem. Marilyn Monroe encarna este clichê com perfeição em 1949, mas quando é publicado o calendário Golden Dreams ela, já famosa, recebe do estúdio a incumbência de negar que as fotos são dela. A jovem mulher opta antes por revelar a verdade aos jornalistas e acaba sendo transformada, em pouco tempo, num símbolo sexual do cinema nos Estados Unidos. Sempre provocativa, uma vez quando perguntada por um repórter o que ela usava para dormir, respondeu: “Duas gotas de Channel Nº 5”, um famoso perfume da Channel. O ícone mítico e sorridente fará a sua glória, mas também causará a sua desgraça: é difícil impor-se como uma atriz séria quando você encarnou a loira descerebrada cujo vestido é levantado pelo vento. O resto de sua vida, como dizem, virou história. O romance com o presidente americano John Kennedy, seu casamento com o escritor americano Eugene O´neil, inclusive sua morte por overdose de barbitúricos.


Marilyn pin-ups. Ao centro, o poster central do calendário Golden Dreams feito quando ainda era uma aspirante ao estrelato.

Na época de Marilyn, o apolo Tab Hunter é recrutado pelos estúdios para encarnar junto as adolescentes o solteiro branco, loiro, tranqüilizador e viril, contra o bad boy Marlon Brando. O pobre ator, que se vê obrigado a concluir todas as suas entrevistas com um comentário fazendo a apologia da vida matrimonial, é na realidade homossexual… Revelação feita anos mais tarde quando contou sua vida dupla num best-seller amargurado, Tab Hunter Confidential de 2005.










Rita Hayworth

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Porém, nessa mesma época era Rita Hayworth quem abusava da popularidade de sua Gilda. Uma foto da eterna Gilda vestida com camisola transparente foi transformada em desenho e invadiu os acampamentos. Com ela Rita se tornou a segunda no ranking dos soldados em batalha. Margarita Carmen Cansino, ou depois, Rita Hayworth, nasceu no dia 17 de outubro de 1918, em Nova Iorque, EUA. Filha de dançarinos ciganos, Rita subiu pela primeira vez aos palcos aos 12 anos de idade. Ao longo de sua adolescência se apresentou nos mais diversos casinos da fronteira EUA e México, onde, certa vez, um barman se apaixonou por ela, criando, em sua homenagem, o tão famoso drink Margarita. Em 1935 assinou com a Fox, devido sua naturalidade ao interpretar, fazendo várias pontas em filmes pequenos. Anos depois assinaria com a Columbia, onde atuou com grandes nomes como Fred Astaire e Genny Kelly. Nos anos 40 se firmou como uma das melhores dançarinas de Hollywood e a maior estrela romântica da década. Em 1940 com sua atuação no filme Gilda sua popularidade a transformaria na maior estrela do cinema.


Rita Hayworth, eterna Gilda...
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Casou-se cinco vezes. Uma delas, a segunda, como o famoso diretor Orson Welles. É dele o filme considerado o melhor da história do cinema, Cidadão Kane, de 1941. Outra vez, em 49, casou-se com o príncipe Aly Khan, o grande playboy da época, quando interrompeu sua carreira. Essa pausa lhe custaria muito caro. Ao se divorciar dois anos depois ela não mais alcançaria a fama anterior. "Os homens vão para a cama com Gilda, mas acordam comigo", dizia. A vida privada de Rita Hayworth, aliás, não teve tantos finais felizes como os filmes que interpretava. Comenta-se que a atriz teria sofrido abuso sexual do pai ainda na infância. Seu último filme data de 1972, “Ira Divina”, depois disso retirou-se da vida pública para se dedicar aos tratamentos para combater o Mal de Alzheimer, doença da qual faleceu no ano de 1987.

Nem Marilyn nem Hayworth, porém, conseguiram desbancar a lendária Betty Grable. Ela foi a pin-up mais famosa daquela época posando de maiô sempre com um sorriso convidativo, transformou-se na amante imaginária predileta dos soldados. Betty também foi atriz e chegou a protagonizar, em 1944, um filme chamado Pin-up Girl, na qual interpretava uma dançarina.
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Elisabeth Ruth Grable, a Betty Grable, nasceu em 18 de dezembro de 1916, em St. Louis, Missouri, nos Estados Unidos. Desde muito pequena, por conselho de uma mãe autoritária, aprendeu a dançar e cantar. Na adolescência mudou-se para Califórnia onde começou a estudar interpretação, chegando a estrear, com apenas 13 anos, com pequenas participações em longas metragens como “Happy Times” de 1930.








Cartaz de Pin-up Girl, com Betty Grable de 1944


Em 1937 se casou com Jackie Coogan, então famoso por sua atuação enquanto criança no filme “O Garoto” de Charlie Chaplin, onde, ainda criança, atuou ao lado de uma das maiores lendas do cinema. Divorciaram-se no ano seguinte. Nos anos 40 ela se tornaria uma estrela de alcance mundial. Nesta época teve suas pernas seguradas pelos estúdios da 20th Century Fox no valor de um milhão de dólares por perna.
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Já famosa posou como pin-up para os aviões dos soldados americanos da Segunda Guerra Mundial, olhando para trás por sobre o ombro direito, transformou-se na maior pin-up do mundo na época. Sua imagem foi posteriormente incluída numa lista compilada pela revista LIFE como uma das 100 Fotos que Mudaram o Mundo. Em 1943 casou-se novamente, agora com o músico Harry James, com quem esteve por 22 anos. Em 1955 se retirou do cinema dedicando-se somente ao teatro e a televisão. No dia 5 de julho de 1973 morreu em Santa Mônica, Califórnia, vítima de um câncer de pulmão.



Betty Grable e sua mais famosa foto. Nose art nos aviões da Segunda Guerra


Enquanto os combates estiveram no auge, a pin-up exibe orgulhosamente sua glória e sua independência. Mas ao fim da guerra o mundo vê se impor a pin-up fotografada. Isso muda por completo as regras do jogo. Os anos 50 são conservadores. Neles a mulher passa então a encarnar papéis mais tradicionais. É a era da virgem eterna e do avião loiro e ingênuo. No decorrer dos anos, o mercado da pin-up se vê limitado às revistas para homens. Em 1953, uma nova revista, a Playboy, toma o lugar da Esquire, que se desinteressou de uma vez por todas da pin-up. A primeira playmate das páginas centrais é ninguém menos que Marilyn Monroe. Por trás das suas reivindicações de liberação sexual, a revista faz da pin-up uma boneca sem personalidade. As poses são previsíveis, as fotos retocadas, as modelos são fotografadas no frio para que seus mamilos fiquem arrepiados. A pin-up dessa geração se afastou do grande público.
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Ainda nos anos 50 surge uma nova pin-up, em fotografia claro, considerada por todos a mais famosa da história e também a mais ousada e provocativa de todas. Seu nome? Bettie Page, a Miss Pin-up Girl do Mundo. A única mulher a receber esse título na história.

Tattoos de pin-ups


Betty Page, a Pin-up Miss Mundo

Bettie Page, 85 anos, símbolo das pin-ups nos anos 50, morreu nessa quinta-feira em Los Angeles, às 18h41, vítima de uma forte pneumonia. A ex-modelo estava internada na UTI há três semanas em decorrência de uma ataque cardíaco. Há cerca de uma semana, ela sofreu outro enfarte e estava em coma. Bettie Page, uma secretária que virou modelo, é considerada uma das pioneiras da revolução sexual nos anos 60. Ela atraiu atenção com fotografias sensuais, que viraram pôsteres por todos os Estados Unidos. Quem gosta do símbolo pin-up, reconhece Bettie como a mais famosa pin-up da história. Evangélica convertida, ela não se deixava fotografar desde os anos 90.

Betty Mae Page nasceu em 1923, em Nashville, Tennessee. Sendo a segunda de seis filhos de uma família muito pobre. O divórcio de seus pais, o beberrão Walter Roy Page e Edna Mae Pirtle (dizem que ela era a encarnação do demônio), quando tinha dez anos fez com que ela e duas de suas irmãs fossem enviadas para um orfanato e ali ficassem durante alguns anos.

Betty ainda criança, aos seis anos.

Desde jovem, Bettie mostrava grande interesse pelo cinema e a vida de modelo, chegando a ser a coordenadora do grupo de Arte Dramática da sua escola em seus anos de adolescência que não foram nada fáceis. Em 1943, aos vinte anos, casou-se com Billy Neal, e mudaram para San Francisco, lugar onde lhe ofereceram o primeiro trabalho como modelo. Bettie divorciou-se em 1947 e mudou-se para Coney Island, onde conheceu Jerry Tibbs em 1950. Ele era um fotógrafo amador que fez as primeiras fotos de Bettie como "pin-up".






Betty aos 23 anos, ainda trabalhando como secretária.

Bettie ficou famosa rapidamente e foi capa de várias publicações populares da época como Eyeful, Beauty Parade ou Wink. Em 1955 recebeu o título de A Miss Pinup Girl do Mundo (título nunca mais outorgado a ninguém) e em janeiro do mesmo ano ano converteu-se na Playmate do mês de janeiro da recém nascida revista Playboy, cujo director, Hugh Hefner, se converteu num dos maiores benfeitores de Bettie até os dias atuais.

Os fotógrafos Irving Klaw e Bunny Yeager transformaram-na no maior ícone sadomasoquista já existente. Em 1958, depois de casar-se com Armand Walterson, Bettie desapareceu da vida pública por uma razão ainda hoje desconhecida; alguns dizem que foi por causa do casamento com Walterson outros que foi ameaçada pelo então presidente do Senado Carey Estes Kefauver que era contrário aquele tipo de fotografia feita por Irving Klaw.
O que se sabe é que poucos meses após seu casamento com Walterson, Bettie converteu-se numa devota religiosa cristã. De paradeiro desconhecido atualmente, não gosta de ser fotografada, a última foi feita em 2003 depois de muita insistência dos fotógrafos. Duas controvertidas biografias não autorizadas são "best-sellers" na gringolândia. Também não costuma dar muitas entrevistas; uma delas, em 1962, foi o motivo do seu divórcio de Walterson.
Betty nas gravações do filme sobre sua vida, The Notorious Bettie Page. Ela não gostou nem um pouco do resultado do filme.
Betty aos 81 anos., Esta foi a última foto tirada de Betty. Dizem que ela não gosta mais de ser fotografada.
A beleza de Betty e uma das muitas tattoos de seu retrato. Betty Page virou febre entre os admiradores das tattoos sobre pin-ups.
Produtos sobre Betty também viraram febre.

Desenhos de Betty da década de 50.

Desenhos atuais. Artista: Armando Huerta.

Tattoos de pin-up