Pin-ups são ilustrações, ou mesmo fotografias, de lindas mulheres em cenas corriqueiras, poses e roupas provocantes, porém sem nenhuma vulgaridade e sim sensualidade. Linda, sexy, sorridente, ingênua. Assim é o estereotipo da pin-up, uma garota de papel, desenhada ou fotografada, numa revista ou num calendário, a pin-up não é uma mulher de verdade e sim uma fantasia. O conceito clássico de uma pin-up é ser sexy e ao mesmo tempo inocente. Estar vestida, mas em alguma posição ou situação que revele sensualmente partes do corpo, sem querer, ao acaso. Só isso já era suficiente para alimentar a fantasia masculina. Uma verdadeira pin-up jamais pode ser vulgar ou oferecida, pode somente ser convidativa.
O termo “pin-up” surge nos anos 40, mas as belas são filhas da revolução industrial. É no século 19 que são obtidas as condições para a consagração dessas mulheres quando surgem os meios de produção das imagens em massa, uma classe média urbana e uma sociedade mais aberta à representação da sexualidade feminina. Aos poucos vão sendo difundidos, na Europa e nos Estados Unidos, os calendários sexys, os cartões-postais e os pôsteres de atrizes de teatro, por vezes desnudadas e sempre sensuais. O ato de se pendurar essas imagens nas paredes se chama pin-up.
No final do século 19, o teatro de revista vivia o seu auge e transformou dançarinas em estrelas, fotografadas para revistas, anúncios, cartões e maços de cigarros sempre com muita voluptuosidade. Em uma época em que a sensualidade ainda era um tabu, imagens de mulheres fortes em cenas cotidianas, poucamente vestidas, fotografadas, pintadas ou desenhadas, começavam a construir uma história que já dura mais de um século.
O sucesso dos cartões e calendários foi tal, que estimulou editores a lançar revistas especializadas, as chamadas girlie magazines, onde exibiam pin-ups vestidas de coristas, marinheiras, enfermeiras e outros uniformes-fetiches. Mas é a revista americana Life que vê surgir o primeiro grande fenômeno pin-up, em 1887: a Gibson Girl. Desenhada por Charles Dana Gibson, ela é burguesa, chique e está… vestida! Mesmo se os trajes de banho que descem até os joelhos, parecem ser claramente ousados. Enquanto as sufragistas, nas ruas, são alvos de vaias, que os jornais populares zombam da New Woman que pretende trabalhar e ser independente, Gibson impõe esta nova mulher como um ideal romântico. Com um belo corte de cabelo; bem arrumada, ativa e segura de si, a Gibson Girl seduz os homens com o seu charme, e as mulheres com as suas roupas na moda. Em 1903, Gibson é o ilustrador o mais bem pago do país.
Pin-ups uniformizada de Gil Elvgreen
Calendário de 1951
Já nos anos 40, época da segunda guerra mundial, as imagens das lindas mulheres em poses provocantes, começam a ser usada nos exércitos para “acalmar” os ânimos dos soldados, que as chamavam de “a arma secreta”. Numa época em que mostrar as pernas era atitude subversiva, fotografias de mulheres nuas poderiam significar atentado ao pudor. O jeito de satisfazer a solidão dos soldados e a curiosidade dos adolescentes era fabricar modelos de lápis e tinta, que reproduzissem o padrão de beleza considerado ideal: seios fartos, pernas grossas, cintura finíssima.
Já nos anos 40, época da segunda guerra mundial, as imagens das lindas mulheres em poses provocantes, começam a ser usada nos exércitos para “acalmar” os ânimos dos soldados, que as chamavam de “a arma secreta”. Numa época em que mostrar as pernas era atitude subversiva, fotografias de mulheres nuas poderiam significar atentado ao pudor. O jeito de satisfazer a solidão dos soldados e a curiosidade dos adolescentes era fabricar modelos de lápis e tinta, que reproduzissem o padrão de beleza considerado ideal: seios fartos, pernas grossas, cintura finíssima.
A popularidade dessas imagens era tanta que o próprio governo começa a se utilizar delas, no intuito de aproximar seu povo de seus ideais. Ela é então requisitada pelo exército para reforçar o moral dos soldados. Passam a cobrir seus corpos nus com a bandeira estrelada, alistam-se como enfermeiras, trajam o uniforme da marinha americana. De um símbolo sexual libertino, a pin-up é elevada à patente de deusa guerreira e acaba personificando a mulher americana - segura de si e audaciosa. Cartazes militares recrutando soldados e imagens de pin-ups vestidas com roupas e motivos militares e patriotas passam a ser comuns entre os jovens americanos. Os soldados britânicos também têm a sua pin-up: Jane, uma espiã de pouca roupa a serviço da Sua Majestade, é publicada em histórias em quadrinhos no Daily Mirror.
Os governantes então passam a permitir que seus soldados carreguem suas mulheres por toda parte, chegando a lhes enviar livros e revistas com pin-ups. Anônimas e atrizes de cinema espalham-se pelas paredes dos dormitórios e portas dos armários dos soldados, dentro dos seus abrigos, discretamente incentivada pelas autoridades militares.
Pin-ups "a arma secreta"
A admiração pelas mulheres pintadas era tanta que elas eram até pintadas sobre as fuselagens, nos “narizes” de muitos aviões de combate, como símbolo de boa sorte. Essas pinturas em aviões foram chamadas de nose art.
A admiração pelas mulheres pintadas era tanta que elas eram até pintadas sobre as fuselagens, nos “narizes” de muitos aviões de combate, como símbolo de boa sorte. Essas pinturas em aviões foram chamadas de nose art.
A Nose art
Revista Esquire - dezembro de 1949 (capa e interna)
Já nesta época a revista Esquire começa a publicar em suas edições desenhos de pin-ups. Pouco tempo depois elas passariam a ter seu próprio caderno na revista. De 1942 a 1946, nove milhões de exemplares da revista são enviados gratuitamente para as tropas americanas em guerra. Além disso, em 1942, quando os Correios americanos ameaçam retirar as tarifas privilegiadas da revista, sob o pretexto de que os seus desenhos são “pornográficos”, ela ganha seu processo, baseando sua defesa o papel patriótico das suas criaturas de sonho.
Revista Esquire - janeiro de de 1948 (interna)
Desde então as pin-ups se tornaram símbolo sexual apreciado e consumido de diversas maneiras. Figurinhas, cartões, isqueiros, copos, cinzeiros, revistas, baralhos... Além dos comerciais que também empregavam pin-ups em suas marcas, como a Coca-cola, por exemplo, que durante muitos anos se utilizou dos desenhos em seus comerciais.
Baralho de pin-up
Propagandas da Coca-cola
Outras propagandas
Tattoos de pin-ups
Marilyn Monroe, Rita Hayworth & Betty Grable
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Ela nasceu Norma Jeane Mortenson no dia 1º de julho de 1926, em Los Angeles, Califórnia. Filha de Gladys Baker. Como a identidade de seu pai era desconhecida foi batizada Norma Jeane Baker. Sua mãe trabalhava nos estúdios RKO como editora de filme, mas problemas psicológicos a impediram de permanecer no emprego. Levada para uma instituição mental, obrigou Norma Jeane a passar grande parte de sua infância em casas de famílias e orfanatos, até 1937 quando mudou-se para a casa de Grace Mckee Goddard, uma amiga da família. Em 1942 o marido de Grace foi transferido para a costa Leste e, como o casal não tinha condições financeiras para levar Norma Jeane, então com 16 anos, ela se viu a beira de duas opções: voltar para o orfanato ou se casar com seu namorado há seis meses Jimmy Dougherty, de 21 anos. No dia 19 de julho de 1942, ela se casou. Ficaram juntos até Jimmy entrar para a marinha e ser transferido para o Pacífico Sul, em 1944. Após sua partida, Norma Jeane começou a trabalhar na fábrica Radio Plane Munition em Burbank, Califórnia.
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Alguns meses depois, o fotógrafo Davis Conover a viu enquanto tirava fotos para a revista Yank, de mulheres que estavam ajudando durante a guerra. “Ela é um sonho para qualquer fotógrafo”, dizia Conover que a fotografou e começou a lhe enviar propostas de trabalho como modelo. Foi nessa época que começou a fortografar como pin-up principalmente para Earl Moran (falaremos dele no quarto capítulo desta série).
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Em dois anos tornou-se uma modelo respeitável e estampou seu rosto em várias capas de revistas. Ela começou a estudar o trabalho das lendárias atrizes Jean Harlow e Lana Turner, e inscreveu-se em aulas de teatro sonhando com o estrelato. Jimmy retornou em 1946, o que significou que Norma Jeane tinha que fazer outra escolha, desta vez entre seu casamento e sua carreira. Divorciou-se de Jimmy no mês de junho e assinou seu primeiro contrato com a 20th Century Fox em 26 de agosto. Ganhava $125 por semana. Pouco tempo depois, tingiu seu cabelo de loiro e mudou seu nome para Marilyn Monroe. Monroe era o sobrenome de sua avó.
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Ela nasceu Norma Jeane Mortenson no dia 1º de julho de 1926, em Los Angeles, Califórnia. Filha de Gladys Baker. Como a identidade de seu pai era desconhecida foi batizada Norma Jeane Baker. Sua mãe trabalhava nos estúdios RKO como editora de filme, mas problemas psicológicos a impediram de permanecer no emprego. Levada para uma instituição mental, obrigou Norma Jeane a passar grande parte de sua infância em casas de famílias e orfanatos, até 1937 quando mudou-se para a casa de Grace Mckee Goddard, uma amiga da família. Em 1942 o marido de Grace foi transferido para a costa Leste e, como o casal não tinha condições financeiras para levar Norma Jeane, então com 16 anos, ela se viu a beira de duas opções: voltar para o orfanato ou se casar com seu namorado há seis meses Jimmy Dougherty, de 21 anos. No dia 19 de julho de 1942, ela se casou. Ficaram juntos até Jimmy entrar para a marinha e ser transferido para o Pacífico Sul, em 1944. Após sua partida, Norma Jeane começou a trabalhar na fábrica Radio Plane Munition em Burbank, Califórnia.
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Alguns meses depois, o fotógrafo Davis Conover a viu enquanto tirava fotos para a revista Yank, de mulheres que estavam ajudando durante a guerra. “Ela é um sonho para qualquer fotógrafo”, dizia Conover que a fotografou e começou a lhe enviar propostas de trabalho como modelo. Foi nessa época que começou a fortografar como pin-up principalmente para Earl Moran (falaremos dele no quarto capítulo desta série).
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Em dois anos tornou-se uma modelo respeitável e estampou seu rosto em várias capas de revistas. Ela começou a estudar o trabalho das lendárias atrizes Jean Harlow e Lana Turner, e inscreveu-se em aulas de teatro sonhando com o estrelato. Jimmy retornou em 1946, o que significou que Norma Jeane tinha que fazer outra escolha, desta vez entre seu casamento e sua carreira. Divorciou-se de Jimmy no mês de junho e assinou seu primeiro contrato com a 20th Century Fox em 26 de agosto. Ganhava $125 por semana. Pouco tempo depois, tingiu seu cabelo de loiro e mudou seu nome para Marilyn Monroe. Monroe era o sobrenome de sua avó.
Marilyn, ainda como Norma Jean, posando para Earl Moran. A direita o desenho já finalizado.
A pin-up mais célebre do século 20, Marilyn Monroe, contribuiu de maneira considerável para impor o clichê da boneca loira, passiva e inocente, à espera do bem-querer do homem. Marilyn Monroe encarna este clichê com perfeição em 1949, mas quando é publicado o calendário Golden Dreams ela, já famosa, recebe do estúdio a incumbência de negar que as fotos são dela. A jovem mulher opta antes por revelar a verdade aos jornalistas e acaba sendo transformada, em pouco tempo, num símbolo sexual do cinema nos Estados Unidos. Sempre provocativa, uma vez quando perguntada por um repórter o que ela usava para dormir, respondeu: “Duas gotas de Channel Nº 5”, um famoso perfume da Channel. O ícone mítico e sorridente fará a sua glória, mas também causará a sua desgraça: é difícil impor-se como uma atriz séria quando você encarnou a loira descerebrada cujo vestido é levantado pelo vento. O resto de sua vida, como dizem, virou história. O romance com o presidente americano John Kennedy, seu casamento com o escritor americano Eugene O´neil, inclusive sua morte por overdose de barbitúricos.
Marilyn pin-ups. Ao centro, o poster central do calendário Golden Dreams feito quando ainda era uma aspirante ao estrelato.
Na época de Marilyn, o apolo Tab Hunter é recrutado pelos estúdios para encarnar junto as adolescentes o solteiro branco, loiro, tranqüilizador e viril, contra o bad boy Marlon Brando. O pobre ator, que se vê obrigado a concluir todas as suas entrevistas com um comentário fazendo a apologia da vida matrimonial, é na realidade homossexual… Revelação feita anos mais tarde quando contou sua vida dupla num best-seller amargurado, Tab Hunter Confidential de 2005.
Rita Hayworth
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Porém, nessa mesma época era Rita Hayworth quem abusava da popularidade de sua Gilda. Uma foto da eterna Gilda vestida com camisola transparente foi transformada em desenho e invadiu os acampamentos. Com ela Rita se tornou a segunda no ranking dos soldados em batalha. Margarita Carmen Cansino, ou depois, Rita Hayworth, nasceu no dia 17 de outubro de 1918, em Nova Iorque, EUA. Filha de dançarinos ciganos, Rita subiu pela primeira vez aos palcos aos 12 anos de idade. Ao longo de sua adolescência se apresentou nos mais diversos casinos da fronteira EUA e México, onde, certa vez, um barman se apaixonou por ela, criando, em sua homenagem, o tão famoso drink Margarita. Em 1935 assinou com a Fox, devido sua naturalidade ao interpretar, fazendo várias pontas em filmes pequenos. Anos depois assinaria com a Columbia, onde atuou com grandes nomes como Fred Astaire e Genny Kelly. Nos anos 40 se firmou como uma das melhores dançarinas de Hollywood e a maior estrela romântica da década. Em 1940 com sua atuação no filme Gilda sua popularidade a transformaria na maior estrela do cinema.
Porém, nessa mesma época era Rita Hayworth quem abusava da popularidade de sua Gilda. Uma foto da eterna Gilda vestida com camisola transparente foi transformada em desenho e invadiu os acampamentos. Com ela Rita se tornou a segunda no ranking dos soldados em batalha. Margarita Carmen Cansino, ou depois, Rita Hayworth, nasceu no dia 17 de outubro de 1918, em Nova Iorque, EUA. Filha de dançarinos ciganos, Rita subiu pela primeira vez aos palcos aos 12 anos de idade. Ao longo de sua adolescência se apresentou nos mais diversos casinos da fronteira EUA e México, onde, certa vez, um barman se apaixonou por ela, criando, em sua homenagem, o tão famoso drink Margarita. Em 1935 assinou com a Fox, devido sua naturalidade ao interpretar, fazendo várias pontas em filmes pequenos. Anos depois assinaria com a Columbia, onde atuou com grandes nomes como Fred Astaire e Genny Kelly. Nos anos 40 se firmou como uma das melhores dançarinas de Hollywood e a maior estrela romântica da década. Em 1940 com sua atuação no filme Gilda sua popularidade a transformaria na maior estrela do cinema.
Rita Hayworth, eterna Gilda...
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Casou-se cinco vezes. Uma delas, a segunda, como o famoso diretor Orson Welles. É dele o filme considerado o melhor da história do cinema, Cidadão Kane, de 1941. Outra vez, em 49, casou-se com o príncipe Aly Khan, o grande playboy da época, quando interrompeu sua carreira. Essa pausa lhe custaria muito caro. Ao se divorciar dois anos depois ela não mais alcançaria a fama anterior. "Os homens vão para a cama com Gilda, mas acordam comigo", dizia. A vida privada de Rita Hayworth, aliás, não teve tantos finais felizes como os filmes que interpretava. Comenta-se que a atriz teria sofrido abuso sexual do pai ainda na infância. Seu último filme data de 1972, “Ira Divina”, depois disso retirou-se da vida pública para se dedicar aos tratamentos para combater o Mal de Alzheimer, doença da qual faleceu no ano de 1987.
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Casou-se cinco vezes. Uma delas, a segunda, como o famoso diretor Orson Welles. É dele o filme considerado o melhor da história do cinema, Cidadão Kane, de 1941. Outra vez, em 49, casou-se com o príncipe Aly Khan, o grande playboy da época, quando interrompeu sua carreira. Essa pausa lhe custaria muito caro. Ao se divorciar dois anos depois ela não mais alcançaria a fama anterior. "Os homens vão para a cama com Gilda, mas acordam comigo", dizia. A vida privada de Rita Hayworth, aliás, não teve tantos finais felizes como os filmes que interpretava. Comenta-se que a atriz teria sofrido abuso sexual do pai ainda na infância. Seu último filme data de 1972, “Ira Divina”, depois disso retirou-se da vida pública para se dedicar aos tratamentos para combater o Mal de Alzheimer, doença da qual faleceu no ano de 1987.
Nem Marilyn nem Hayworth, porém, conseguiram desbancar a lendária Betty Grable. Ela foi a pin-up mais famosa daquela época posando de maiô sempre com um sorriso convidativo, transformou-se na amante imaginária predileta dos soldados. Betty também foi atriz e chegou a protagonizar, em 1944, um filme chamado Pin-up Girl, na qual interpretava uma dançarina.
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Elisabeth Ruth Grable, a Betty Grable, nasceu em 18 de dezembro de 1916, em St. Louis, Missouri, nos Estados Unidos. Desde muito pequena, por conselho de uma mãe autoritária, aprendeu a dançar e cantar. Na adolescência mudou-se para Califórnia onde começou a estudar interpretação, chegando a estrear, com apenas 13 anos, com pequenas participações em longas metragens como “Happy Times” de 1930.
Cartaz de Pin-up Girl, com Betty Grable de 1944
Em 1937 se casou com Jackie Coogan, então famoso por sua atuação enquanto criança no filme “O Garoto” de Charlie Chaplin, onde, ainda criança, atuou ao lado de uma das maiores lendas do cinema. Divorciaram-se no ano seguinte. Nos anos 40 ela se tornaria uma estrela de alcance mundial. Nesta época teve suas pernas seguradas pelos estúdios da 20th Century Fox no valor de um milhão de dólares por perna.
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Já famosa posou como pin-up para os aviões dos soldados americanos da Segunda Guerra Mundial, olhando para trás por sobre o ombro direito, transformou-se na maior pin-up do mundo na época. Sua imagem foi posteriormente incluída numa lista compilada pela revista LIFE como uma das 100 Fotos que Mudaram o Mundo. Em 1943 casou-se novamente, agora com o músico Harry James, com quem esteve por 22 anos. Em 1955 se retirou do cinema dedicando-se somente ao teatro e a televisão. No dia 5 de julho de 1973 morreu em Santa Mônica, Califórnia, vítima de um câncer de pulmão.
Betty Grable e sua mais famosa foto. Nose art nos aviões da Segunda Guerra
Enquanto os combates estiveram no auge, a pin-up exibe orgulhosamente sua glória e sua independência. Mas ao fim da guerra o mundo vê se impor a pin-up fotografada. Isso muda por completo as regras do jogo. Os anos 50 são conservadores. Neles a mulher passa então a encarnar papéis mais tradicionais. É a era da virgem eterna e do avião loiro e ingênuo. No decorrer dos anos, o mercado da pin-up se vê limitado às revistas para homens. Em 1953, uma nova revista, a Playboy, toma o lugar da Esquire, que se desinteressou de uma vez por todas da pin-up. A primeira playmate das páginas centrais é ninguém menos que Marilyn Monroe. Por trás das suas reivindicações de liberação sexual, a revista faz da pin-up uma boneca sem personalidade. As poses são previsíveis, as fotos retocadas, as modelos são fotografadas no frio para que seus mamilos fiquem arrepiados. A pin-up dessa geração se afastou do grande público.
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Ainda nos anos 50 surge uma nova pin-up, em fotografia claro, considerada por todos a mais famosa da história e também a mais ousada e provocativa de todas. Seu nome? Bettie Page, a Miss Pin-up Girl do Mundo. A única mulher a receber esse título na história.
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Ainda nos anos 50 surge uma nova pin-up, em fotografia claro, considerada por todos a mais famosa da história e também a mais ousada e provocativa de todas. Seu nome? Bettie Page, a Miss Pin-up Girl do Mundo. A única mulher a receber esse título na história.
Tattoos de pin-ups
Bettie Page, 85 anos, símbolo das pin-ups nos anos 50, morreu nessa quinta-feira em Los Angeles, às 18h41, vítima de uma forte pneumonia. A ex-modelo estava internada na UTI há três semanas em decorrência de uma ataque cardíaco. Há cerca de uma semana, ela sofreu outro enfarte e estava em coma. Bettie Page, uma secretária que virou modelo, é considerada uma das pioneiras da revolução sexual nos anos 60. Ela atraiu atenção com fotografias sensuais, que viraram pôsteres por todos os Estados Unidos. Quem gosta do símbolo pin-up, reconhece Bettie como a mais famosa pin-up da história. Evangélica convertida, ela não se deixava fotografar desde os anos 90.
Betty Mae Page nasceu em 1923, em Nashville, Tennessee. Sendo a segunda de seis filhos de uma família muito pobre. O divórcio de seus pais, o beberrão Walter Roy Page e Edna Mae Pirtle (dizem que ela era a encarnação do demônio), quando tinha dez anos fez com que ela e duas de suas irmãs fossem enviadas para um orfanato e ali ficassem durante alguns anos.
Betty ainda criança, aos seis anos.
Desde jovem, Bettie mostrava grande interesse pelo cinema e a vida de modelo, chegando a ser a coordenadora do grupo de Arte Dramática da sua escola em seus anos de adolescência que não foram nada fáceis. Em 1943, aos vinte anos, casou-se com Billy Neal, e mudaram para San Francisco, lugar onde lhe ofereceram o primeiro trabalho como modelo. Bettie divorciou-se em 1947 e mudou-se para Coney Island, onde conheceu Jerry Tibbs em 1950. Ele era um fotógrafo amador que fez as primeiras fotos de Bettie como "pin-up".
Betty aos 23 anos, ainda trabalhando como secretária.
Bettie ficou famosa rapidamente e foi capa de várias publicações populares da época como Eyeful, Beauty Parade ou Wink. Em 1955 recebeu o título de A Miss Pinup Girl do Mundo (título nunca mais outorgado a ninguém) e em janeiro do mesmo ano ano converteu-se na Playmate do mês de janeiro da recém nascida revista Playboy, cujo director, Hugh Hefner, se converteu num dos maiores benfeitores de Bettie até os dias atuais.
Os fotógrafos Irving Klaw e Bunny Yeager transformaram-na no maior ícone sadomasoquista já existente. Em 1958, depois de casar-se com Armand Walterson, Bettie desapareceu da vida pública por uma razão ainda hoje desconhecida; alguns dizem que foi por causa do casamento com Walterson outros que foi ameaçada pelo então presidente do Senado Carey Estes Kefauver que era contrário aquele tipo de fotografia feita por Irving Klaw.
O que se sabe é que poucos meses após seu casamento com Walterson, Bettie converteu-se numa devota religiosa cristã. De paradeiro desconhecido atualmente, não gosta de ser fotografada, a última foi feita em 2003 depois de muita insistência dos fotógrafos. Duas controvertidas biografias não autorizadas são "best-sellers" na gringolândia. Também não costuma dar muitas entrevistas; uma delas, em 1962, foi o motivo do seu divórcio de Walterson.
Betty nas gravações do filme sobre sua vida, The Notorious Bettie Page. Ela não gostou nem um pouco do resultado do filme.
Betty aos 81 anos., Esta foi a última foto tirada de Betty. Dizem que ela não gosta mais de ser fotografada.
Betty aos 81 anos., Esta foi a última foto tirada de Betty. Dizem que ela não gosta mais de ser fotografada.
A beleza de Betty e uma das muitas tattoos de seu retrato. Betty Page virou febre entre os admiradores das tattoos sobre pin-ups.
Produtos sobre Betty também viraram febre.
Desenhos de Betty da década de 50.